«O Nicolas pôs à mostra uma enorme faca. O polícia juntava as mãos. Batia os dentes, apesar de o aquecimento funcionar muito bem. O Nicolas brandiu a arma. O polícia fez-nos ouvir sons macios e começou a cheirar mal.
-Não é bonito fazer nas calças! - digo em voz alta, sem avaliar bem a situação.
Com olhar feroz, a boca torcida, a nuca congestionada («Atenção, Nicolas, não tenhas nenhuma apoplexia!... Vamos lá ver, Nicolas, podias ser pai dele!...), por três vezes o Nicolas espetou a faca no coração do pobre polícia, que caiu redondo no chão ensaguentado, vítima do dever. »
in UMA VÍTIMA DO DEVER- Eugène Ionesco
-Não é bonito fazer nas calças! - digo em voz alta, sem avaliar bem a situação.
Com olhar feroz, a boca torcida, a nuca congestionada («Atenção, Nicolas, não tenhas nenhuma apoplexia!... Vamos lá ver, Nicolas, podias ser pai dele!...), por três vezes o Nicolas espetou a faca no coração do pobre polícia, que caiu redondo no chão ensaguentado, vítima do dever. »
in UMA VÍTIMA DO DEVER- Eugène Ionesco
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