A curta-metragem de João Alves foi anunciada ontem como vencedora do prémio de melhor curta terror 2010, na sessão de encerramento do Festival Internacional de Terror de Lisboa, MOTELx. Sem termos vistos todos os filmes em competição, Bats in the Belfrey foi realmente, de longe, o melhor. Sem formação especializada, cineasta autodidacta, foi um João Alves surpreendido que veio receber o prémio ao palco, uma quantia no valor de 2000€, e revelar que o orçamento do filme foi apenas o dinheiro da cassete para mandar para o festival. Embora tivesse confessado a sua paixão pelo cinema e a sua necessidade de imitar desde cedo o que via no ecrã, nem era necessário fazê-lo, pois Bats in the Belfrey, oito minutos, é precisamente isso. Um gag de animação que incorpora essa admiração pelo cinema, num inusitado sentido de mise-en-scene espelhada em citações de detalhes famosos de filmes, cenas, géneros, desde os filmes de vampiros, passando pelo western spaghetti ou a tenacidade cool de Dirty Harry. O Júri, composto por Alain Jones, José de Matos-Cruz e José Nascimento decidiu ainda atribuir uma menção especial à curta-metragem Nocturna (2010), de Francisco Carvalho.
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