Bill Douglas trilogy, 1972-78 (7/10)
Quis o destino (não é assim que se costuma dizer?) que a trilogia de Bill Douglas estivesse no centro de uma viragem pessoal no que diz respeito à minha curiosidade pelo potencial do cinema. Em concreto aquilo que o liga à infância, à insubmissão do crescimento, às ancoras de sobrevivência que a arte nos pode trazer. Neste caso, talvez o escocês Bill Douglas só tenha sobrevivido aos seus atribulados primeiros anos de vida para pode transmutar isso nesta trilogia. A mesma coisa com Stephen Archibald, o jovem protagonista destes filmes, encontrado por "milagre" quando este pediu um cigarro a Douglas numa paragem de autocarro. Durante a trilogia, um pouco como me aconteceu na de Apu do Ray, andamos ali com os sentimentos a rebolar, a bater com a cabeça nas paredes, entre o crueldade e a doçura, a cada quinze minutos maiores que estamos, o cinema a fazer crescer, a crescer-nos.
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