O novo filme de Bong Joon Ho (The Host) começa com uma perversão sukoroviana e termina com uma sequência digna de Manuel Mur Oti, se este fosse coreano. Ou ainda que não fosse. Pelo meio, o realizador do filme do “monstro”, decidiu homenagear a sua mãe com uma derivação, muito derivada, de A Mãe de Gorki. O resultado é um whodunnit burlesco, vagamente incestuoso, que não deixou a sua progenitora nada contente. Sem motivo aparente pois Madeo é um filme poderoso sobre a dedicação familiar, mesmo que para lá chegar Bong Joon passe por mães a observar o pénis dos seus filhos (tão preocupada que está a mãe com a virilidade do seu rebento) e haja jovens levemente ninfomaníacas a fazer uso das novas tecnologias. A mistura de registos é intrigante e deixa um pouco na sombra o que convém realçar: Hye-ja Kim, num retrato adulto, à prova de humor mas não de amor.
Ainda não vi!
ResponderEliminarÉ um filme bastante bom. A mistura de registos é natural no cinema oriental, mas aqui assenta ainda melhor...
ResponderEliminarSim, mas há uma certa estranheza, o poder daquele início e fim juntamente com historietas de fotografias por tlm e coisas tão corriqueiras.
ResponderEliminarMundos que parece que não encaixam.
Mas gostei, sim, o seu sentido de humor é impecável.