terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Fornalha terrível



(Pernas artificiais de uma obscenidade bíblica, migalhas de pão aos pavões, wildcats, pretos vergados, sorridentes, expostos no centro de uma janela, anúncios de salvação de estrada, pistolas, gravidezes de degrau em degrau. À medida que as palavras de Flannery O'Connor se cravam no cérebro de quem a lê e entram por esse buraquinho no centro da testa, acompanhadas de uma procissão negra, marcada a música de ouro sulista e breu católico, há uma fornalha terrível que incendeia tudo, sorrindo, como um gelo que escalda. E cresce-se muito.)

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