COBRA é um movimento artístico criado em Paris, 1948, por poetas e pintores de origem dinamarquesa, belga e holandesa. O seu nome vem mesmo daí: CO de Copenhaga, BR de Bruxelas e A de Amesterdão. Três foram os anos que durou, tempo suficiente para marcar uma posição contra o convencionalismo, dizia-se, na arte ocidental e buscar no primitivismo das culturas colonizadas a verdadeira origem criativa.
O Museu Cobra em Amstelveen tem como missão expor e documentar esta corrente fundamental da arte contemporânea holandesa. Quando por lá passei, estava a decorrer uma exposição de Mogens Balle, um pintor dinamarquês influenciado pelos COBRA. Do “primitivismo” alardeado fica-me a superficialidade, a ingenuidade e a culpa de um olhar artístico sobre o “outro” colonizado. Nada de novo.
Mas de verdadeiro primitivismo, denso, cheio de vitalidade, que ultrapassa culturas (e sobretudo a sua história de dominadores e dominados), fica-me este Song of Complaint de Mogens, uma alucinação de felicidade “doente”, pintada no ano em que morreu.
O Museu Cobra em Amstelveen tem como missão expor e documentar esta corrente fundamental da arte contemporânea holandesa. Quando por lá passei, estava a decorrer uma exposição de Mogens Balle, um pintor dinamarquês influenciado pelos COBRA. Do “primitivismo” alardeado fica-me a superficialidade, a ingenuidade e a culpa de um olhar artístico sobre o “outro” colonizado. Nada de novo.
Mas de verdadeiro primitivismo, denso, cheio de vitalidade, que ultrapassa culturas (e sobretudo a sua história de dominadores e dominados), fica-me este Song of Complaint de Mogens, uma alucinação de felicidade “doente”, pintada no ano em que morreu.
E regressei a casa a pensar nessa maneira bonita de acabar, de lamento cantado, de afirmação da beleza e da força do fim. No caminho passo por um cemitério e pessoas, de preto, com ramos de flores, chegam a um funeral… de bicicleta.
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