Três prenúncios ou três coincidências. A primeira vemos que o cinema viu a persona de The Tramp (Kid Auto Races at Venice, 1914) acontece que…
1.Ele é o emplastro entre a câmara e o “acontecimento”. Isto é, o seu desajeito e inoportunidade são sinal também da sua persistência. Não basta ficar com a biografia de Chaplin para o comprovar, é preciso tirar ilações no que diz respeito à sua “lição humanista”. Bem precisados estamos da sua resiliência;
2.Ele não está no ritmo do “acontecimento”. A corrida de carros é (ou torna-se) background sem grande importância. Chaplin viverá sempre dessa inversão: no detalhe vive a relevância, no evento, muitas vezes, a banalidade;
3.Ele surge de improviso, no meio da multidão real. Sabemos como era perfeccionista no domínio do seu “relógio suíço”, o seu corpo. Mas esse domínio absoluto é para estar nas ruas, para dar às gentes. Na primeira vez que o espectador viu The Tramp ele já era símbolo do povo.
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