Naquele cenário cada vez mais típico, de pais e filhos à mesa, ou de um grupo de amigos, com cada um a olhar compulsivamente para o ecrã do seu smart phone lembro-me do velhinho princípio da "montagem interdita" de André Bazin: "quando o essencial de um evento é dependente de uma presença simultânea de dois ou maus factores de acção, a montagem é interdita". Há qualquer coisa ligada à preservação do espaço, do eco e da ambiguidade que se perde, e que converte as cenas de diálogo em gags falhados de um filme de Tati (digo falhados pois em Tati seria ora o telefone, ora o seu dono, os que não corresponderiam ao esperado pela denominada "modernidade tecnológica").
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