O pai, sabia,
deitava-se na cama de palha e de escassez,
já ele, emprestava o
lombo ao aço indestrutível.
Da sua nave, desde
pequeno que podia ver a mama da moça,
o futuro dourado com
dentes podres no horizonte da fábula,
descarregar
seus fluidos electrónicos,
e navegar
sem parceiro no rio dos mortos.
Nas primeiras noites
sentiu-se quente e capaz,
gatinho ao serviço,
de miar audaz.
Nas segundas noites
os ossos dos pés,
quebraram-se, caules
de junquilho.
Nas terceiras noites
já chovia suavemente na almofada,
e já nem festejava os
golos do Manchester.
O ecrã ainda reluzia
como eterna joia,
e nele procurava uma
qualquer boia.
Os cais estava frios
quando os pais neles punham os pés,
o que fazer com tão
pouco?
As camas estão a
ferver quando os filhos nelas jazem,
o que fazer com tão
tanto?
Havia que rezar
pedindo o cataclismo, a miséria, a cólera
como esperados
frutos, esperadas flores.
O martelo do dia
seguinte revolvia as vítreas entranhas,
acompanhava com um
vinho de borgonha, uma arca de
prateadas delícias e o
sopro gangrenado de um andar imaginado.
Oh, delicados impacientes
deste mundo,
só o tempo vos trará
o pleno sabor da faneca.
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