Há frases que nos ficam tatuadas em parte incerta, vogam na manhã que floresce, zumbem à tarde, cálidas e prazerosas, e abrem a noite com a faca da solidão. Esta é uma delas, não sei quando tropecei neste verso da Sophia de Mello Breyner (ou melhor sei, mas é granítica ocasião e revelação) e não há dia em que não a traga comigo, desfeita em sílabas, despida da sua literatura, só a carne daquela que me é uma trela invisível a puxar-me a vida adiante.
Sobre ela digo apenas que me parece impossível só "estremecer" antes do seu ponto (terminal).
Sobre ela digo apenas que nunca a palavra "então" soube tanto a despertar, a começo de olhar que perfura, moi, inquire.
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