quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Na tua rua, torta e ventricular,
Pedes-me que não espezinhe tudo.
Que não entre a perguntar direcções,
Lábios ou a raça do teu abraço.

Íngreme, com problemas pulsantes de iluminação,
Serei irmão nessas paragens.
E o útero a que me obrigas,
Terá o mesmo tipo de construção, modesta, sem divãs ou portas

A arder e de joelhos estão os dias
em que o cheiro a amêndoas doces te trouxe, tum-tum,
No pára arranca dos olhares,
as armas de revelação maciça da nossa língua secreta.

Na tua rua,torta e ventricular
Vou onde as árvores forem,
A galope no teu cheiro,
Na tua boca alucinante.


27/10/06

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