Recentemente um amigo escreveu uma frase que muito me inquieta: "Sonhar é para os idiotas."
Ontem, numa reportagem na rádio com o Tino de Rans este dizia que já se habituou a que as pessoas se riam daquilo que faz. "Não se riem de mim, mas se eu dou um concerto para não sei quantas mil pessoas, riem, se me candidato a um cargo público, riem, se escrevo um livro riem, se falo na televisão, riem." A jornalista perguntou-lhe se achava que era por inveja. E o Tino respondeu qualquer coisa como: " Não. As pessoas ficam nervosas com aqueles que sonham, e, talvez por isso, se riam."
Eu sei que sonhar não é para os idiotas. Longe disso. E também sei que o Tino de Rans, apesar de naif, está longe de ser um idiota. O Tino não tem os meios mas tem o coração no lugar certo. Talvez a isso se possa juntar que os sonhadores são os que têm o coração no lugar certo e que avaliar a potencialidade do sonho pelos meios da sua concretização seja o derradeiro acto de idiotia. Aquele que devia proporcionar aos que o defendem uma valente risada.
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