Publicar textos, frases, o que seja, em digital parece revestir a forma de certos lançamentos vigorosos para o abismo. Tudo fica disponível - para sempre? até quando? - e as palavras caem, uma a uma, até formar frases, despenhadas, a florir na escuridão. E o som que fazem, ao chegar ao fim desse abismo, é nenhum, porque não sabemos sequer se o abismo tem fim, ou se é apenas o silêncio próprio que fazem os grandes abismos, esses que, como Nietzsche advertiu, nos olham por vezes de volta, marotos, sedutores.
Gosto muito dessa analogia. Acrescento uma outra que me serve opinião: as palavras duram o tempo da memória. Tão (aparentemente) simples quanto isto.
ResponderEliminarAs palavras têm a duração do seu impacto, às vezes, não é? Obrigado pelo comentário. :)
ResponderEliminar