"Actualmente – e sublinhamos que este é um estado de coisas que esperemos que se possa transformar no futuro – o cinema em streaming tem sido cooptado por uma destrutiva lógica algorítmica, algo que está nos antípodas desse “fazer memória”, desse “constituir imaginário crítico”. O problema não é tanto o da desmaterialização, mas sim o de uma arquitectura digital sobre a qual está assente a mesma. Uma arquitectura que trata o cinema segundo uma lógica de mercado que assenta numa ideia de consumos quantitativos de bens indistintos, de homogeneização dos produtos, de redução do que é ineficaz, isto é, da capacidade de diferenciar. E isto é oposto da relação que um cinéfilo e crítico quer manter com o cinema e com cada um dos filmes, bons e maus."
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