Chega cá criatura,
E repousa neste
paradoxo de algodão.
Diz-me: como é suave a
contradição?
Habita essa casa que
ora aproxima, ora afasta
Cria-dura, e conta-me:
É duro tudo o que
dura?
Sabes bem que o que abriga
esconde
E o que esconde
prende.
Mas criatura, fura.
Vive além da
existência pura.
Para lá dessa morada
onde
o ar da certeza jaz e
cura.
Eis-te de patas à
beira-mar,
E ao longe, aceso o
contra-senso.
Um paradoxo parad’osso
que mói a consciência e afina a solidão.
Mas criatura, jura. Vive além do que
repele e repuxa, do enigma que mura.
repele e repuxa, do enigma que mura.
Ou então, ao menos,
vai-te criatura!
Sai para a rua! Respira
esse aço paradoxal!
E sê antes
cria-tua.
Sem comentários:
Enviar um comentário