Vila do Conde 2018: 10 curtas portuguesas de longo alcance (Parte I)
Havia chegado há menos de uma hora a Vila do Conde e veio-me à cabeça uma daquelas metáforas bem pobretanas. Passava a pé para o centro da cidade, e, olhando o Rio Ave à esquerda e à direita, foi como se, ao cruzar a ponte, passasse um portal para outro mundo. Um mundo habitado por quase tudo o que me torna a vida apetecível: bom tempo, cinéfilos afáveis, espectros malditos e cerveja gelada. Que boa parte do cinema português – e não me refiro apenas aos filmes, mas naturalmente aos seus agentes – se reúna anualmente ali, num dos festivais de cinema mais antigos do país, faz todo um sentido, sentido que menos se explica e mais se sente. Como disse alguém: o que acontece no Curtas Vila do Conde fica no Curtas Vila do Conde. Bom, mas mais ou menos verdade, pois vou ao menos tentar contar-vos algumas das (boas) impressões dos filmes portugueses que pude ver. Assim, como os dedos de uma mão, aqui fica a dezena de obras que em mim melhor deixaram a sua impressão digital.
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