Entrevista a Teresa Garcia, directora da associação os Filhos de Lumière
Numa altura em que vai sendo cada vez mais frequente ver, criar e ligar imagens em movimento praticamente desde o berço— seja para as redes sociais, as selfies, o citizen journalism, os pequenos vídeos YouTube, os manuais escolares em formato digital e animado, etc. — torna-se imperativo repensar as metodologias de uma certa educação, iniciação, formação a esses utensílios. Naturalmente que, neste contexto do trabalho com a imagem em movimento, o cinema é a “mãe de todas as artes” e, como tal, aquela sobre a qual mais se trabalhou e reflectiu até hoje. É por isso que ocupa hoje uma posição vital, de ponto de partida para pensar as virtualidades de uma pedagogia do olhar e da criação a partir das imagens em movimento. A reflectir este estado de coisas está também o interesse crescente da União Europeia por projectos que potenciem a colaboração entre países, num apoio à educação cinematográfica das crianças e jovens. Teresa Garcia, directora da associação portuguesa, Os Filhos de Lumière, é umas das pessoas em Portugal que mais têm trabalhado em torna da educação para o cinema, dirigida aos mais novos. É neste contexto que fui conversar com ela, saber mais do historial da sua actividade e dos desafios que permanecem para esse cruzamento de infâncias: a nossa e aquela que se vai renovamento e perpetuando, a do cinema.
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